Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem hoje no mundo cerca de 1,1 bilhão de fumantes. Desse total, 800 milhões estão nos países em desenvolvimento, em torno de 73%. A OMS demonstra, num estudo concluído em 1996, que um dos maiores desafios ao crescimento dos países em desenvolvimento é a epidemia de doenças relacionadas ao fumo. Grande número de pessoas morrem na fase mais produtiva de suas vidas devido ao cigarro.
No Brasil, assim como nos outros países, 90% dos fumantes começaram a fumar ainda crianças e jovens, induzidos pela publicidade e pelo exemplo de ídolos, pais e amigos. O hábito começa na juventude e a indústria do tabaco sabe disso e age, direcionando as campanhas de publicidade para os jovens, futuros consumidores.
Entre as vítimas, as que sofrem menos morrem por ataque cardíaco ou acidente vascular (derrame). Os outros morrem lentamente, de forma bastante dolorosa e angustiante, inclusive para familiares e amigos. É este o caso das vítimas do câncer e em particular do enfisema pulmonar que, ao destruir o pulmão, causa forte insuficiência respiratória. Os pacientes com enfisema sentem uma permanente falta de ar e se cansam ao menor esforço físico, ficando impossibilitados de levar uma vida normal nos anos que lhes restam.
Mas isso não é tudo. O cigarro é também responsável por muitos outros danos, como menopausa precoce, abortos e partos prematuros, envelhecimento acelerado da pele, especialmente no rosto, impotência sexual, bronquite, asma, sinusite, hipertensão arterial, derrames, úlcera do estômago e uma série de outras doenças relacionadas ao fumo. Os fumantes passam a ter saúde mais frágil e adoecem em média 2 a 3 vezes mais que os não fumantes.
O desconforto causado pelas doenças e os prejuízos econômicos delas decorrentes como gastos com hospitais, médicos e remédios, faltas no trabalho, diminuição da expectativa de vida, além do sofrimento para os familiares e amigos tornam o cigarro o grande responsável pela queda da qualidade de vida dos fumantes e de quem convive com eles. Não obstante tudo isso, existem hoje apenas no Brasil cerca de 30 milhões de fumantes que mesmo querendo, não conseguem abandonar o cigarro. A chance destas pessoas virem a sofrer de alguma doença grave aumenta a cada dia e a cada cigarro fumado. Parar de fumar é a medida mais eficaz e inteligente que podem tomar para a melhoria da sua saúde e da de todos que convivem com elas, principalmente familiares, vítimas inocentes do fumo passivo, tão nocivo e perigoso quanto o fumo direto. No caso de quem está sujeito também a outros fatores de risco, como quem tem vida sedentária, excesso de peso ou hábitos alimentares inadequados, recomenda-se tomar as medidas necessárias para diminuir também estes riscos. Estudos médicos comprovam entretanto que parar de fumar é, dentre todas, a medida mais importante.
Durante o aleitamento, a criança recebe nicotina através do leite materno, podendo ocorrer intoxicação em função da nicotina (agitação, vômitos, diarréia e taquicardia), principalmente em mães fumantes de 20 ou mais cigarros por dia.
Em recém-nascidos, filhos de mães fumantes de 40 a 60 cigarros por dia, observou-se acidentes mais graves como palidez, cianose, taquicardia e crises de parada respiratória, logo após a mamada.
O que você ganha parando de fumar
As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco
10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
5 vezes maior de sofrer infarto
5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
2 vezes maior de sofrer derrame cerebral
Se parar de fumar agora...
após 20 minutos sua pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal
após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue
após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora
após 5 A 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou
A introdução de leis, proibindo fumar em ambientes fechados e controlando a publicidade de cigarros, é certamente um avanço mas não é suficiente para conseguir controlar o avanço desta verdadeira epidemia que ameaça a vida de milhões de pessoas. É preciso que as pessoas se conscientizem do problema e decidam livremente melhorar a duração e a qualidade de sua vida, abandonando definitivamente o vício do cigarro.
Quanto mais cedo você PARAR DE FUMAR menor o risco de se dar mal. Quem NÃO fuma aproveita MAIS a vida!