Às vésperas da virada de ano, a expectativa toma conta até dos mais céticos. É como diz a música O amanhã, de Simone, que evoca realejo, tarô, búzios, jogos de cartas e outros oráculos para investigar o futuro. Não por acaso, pessoas do mundo inteiro imaginam dias melhores no ano que se anuncia e, para chamar virtudes e bonanças, entregam-se a rituais na noite de réveillon. Por aqui, o costume determina o uso de roupa branca, pular sete ondas, comer 12 uvas de um cacho, oferecer flores para Iemanjá e outras manifestações de fé, pensamento positivo e boas-vindas. No horóscopo chinês, o ano é do coelho.
Entre as várias receitas, descobri que os principais ingredientes para garantir uma boa passagem são pitadas de alegria, doses cavalares da companhia de amigos e parentes, quilos de esperança. E que venha o futuro, pleno de harmonia e realizações para todos.
Em determinadas épocas da vida, tento passar o réveillon na praia, de pular ondas, mandar flores para Iemanjá. Mas nos últimos anos, por falta de tempo e disponibilidade financeira, percebi que mesmo longe do mar basta ter fé e pensamento positivo para chamar um ano-novo de realizações. Então, sempre faço uma oração e coloco uvas no cardápio da ceia para evocar prosperidade. Vejo a passagem de ano como um momento de reflexão, para contemplar a vida, avaliar projetos. Faço um balanço e planos para continuar a perseguir os desejos ainda não alcançados, finalizar etapas. Sempre uso roupa branca, cor que me dá paz e tranquilidade, que traz energia boa e leveza. Tenho curiosidade em torno das previsões, mas nunca fui a uma vidente. Pra que vou querer saber o futuro antes de ele chegar? Ainda não sei como vai ser minha vida neste ano vindouro, mas com certeza receberei 2011 com muita saudade dos meus familiares mas com muita alegria.
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